Nascido em julho de 1995. Goianiense. Experimentador de linguagens. Pedro de Alcântara Fleury acumula 9 anos de atuação profissional como artista visual. Com bases no design gráfico, iniciou a carreira como muralista aos 18 anos e atualmente possui trabalhos executados nas cidades Goiânia (BR), São Paulo (BR), Brasília (BR), Lisboa (PT) e Seia (PT).
Desenvolveu sua pesquisa - com foco em produção de obras emolduradas - pautada pela relação entre psicanálise, erotismo e exploração de limites. Suas obras brincam com a possibilidade de bordear o imaginário, em uma dança erótica entre cordas, objetos e, por vezes, figuras simbólicas do cotidiano ordinário. Pedro desdobra suas construções visuais em múltiplas dimensões, alimentando a curiosidade sobre o que há por trás, o que sustenta, onde começa e onde termina.
Aos 27 anos muda-se para Portugal. É atravessado instantâneamente pela vida lusitana e desenvolve assim uma coletânea de trabalhos para falar dos tais atravessamentos, culminando em sua segunda exposição solo “O Mistério é a Moeda”, com curadoria da designer de jóias Eleonora Hsiung, com abertura em setembro de 2023, no Brasil.
Pedro desenvolve 10 obras em papel, com dimensões variadas, para falar dos pequenos-grandes mistérios que barganharam com si-próprio durante o período de adaptação à nova terra. Do pequeno-almoço aos pavões dos jardins de Évora, do atestado de morada ao café, da fé ao milho, à malta. E por fim, em sua primeira experiência com objetos, Pedro apresenta 10 azulejos portugues do séc. XVIII, comprados em leilão, para falar de 1755 e o papel dos azulejos na reconstrução de Lisboa.
Por vezes, falar do ordinário significa insistir na repetição e tentar extrair dela algo palpável. É a partir dessa máxima que o artista trabalha em modo de hiperfoco com o Nanquim, cultivando seu apreço por hachuras e diferentes texturas. Já a folha de ouro possui papel de protagonismo, pois o artista a utiliza com o objetivo ressignificar o valor dos elementos retratados, dar vida nova ao ordinário, fazer ver o que antes era ignorado, adornar.
Born in July 1995, from Goiânia. He is an experimenter with languages. Pedro de Alcântara Fleury has 9 years of professional experience as a visual artist. With a background in graphic design, he began his career as a muralist at the age of 18 and currently has works executed in the cities of Goiânia (BR), São Paulo (BR), Brasília (BR), Lisbon (PT) and Seia (PT).
He developed his research - focusing on the production of framed works - based on the relationship between psychoanalysis, eroticism and the exploration of limits. His works play with the possibility of bordering the imaginary, in an erotic dance between ropes, objects and, at times, symbolic figures of ordinary daily life. Pedro unfolds his visual constructions in multiple dimensions, feeding curiosity about what is behind, what sustains, where it begins and where it ends.
At the age of 27, he moved to Portugal. He is instantly immersed in Portuguese life and thus develops a collection of works to talk about these crossings, culminating in his second solo exhibition “The Mystery is the Currency”, curated by jewelry designer Eleonora Hsiung, opening in September 2023, in Brazil.
Pedro develops 10 works on paper, with varying dimensions, to talk about the small-great mysteries that he bargained with himself during the period of adaptation to the new land. From breakfast to the peacocks in the gardens of Évora, from the certificate of residence to coffee, from faith to corn, to malta. And finally, in his first experience with objects, Pedro presents 10 Portuguese tiles from the 18th century, bought at auction, to talk about 1755 and the role of tiles in the reconstruction of Lisbon.
Sometimes, talking about the ordinary means insisting on repetition and trying to extract something tangible from it. It is from this maxim that the artist works in hyperfocus mode with the India ink, cultivating his appreciation for hatching and different textures. The gold leaf, on the other hand, plays a leading role, as the artist uses it to re-signify the value of the elements portrayed, to give new life to the ordinary, to make visible what was previously ignored, to adorn.